Ao longo dos últimos meses tem vindo a ser discutido um tema bastante controverso nos EUA: a neutralidade da Internet, algo que muitos fornecedores de Internet têm vindo a tentar terminar.
E, durante o dia de ontem, este tema foi ainda mais colocado em destaque, depois da Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC) ter anunciado o fim da neutralidade da Internet no pais. Esta decisão foi tomada por Ajit Pai, um republicano escolhido por Donald Trump, com três votos a favor e dois contra.
A neutralidade da Internet permitia um acesso sem restrições aos vários conteúdos online. Com o fim da mesma, os operadores poderão agora limitar os conteúdos que os utilizadores podem aceder, através da inclusão de pacotes extra. Ou seja, para aceder a determinados conteúdos os operadores poderão agora exigir um pagamento adicional ou aplicar restrições na utilização dos mesmos.
Além disso, o fim da neutralidade também irá permitir que as operadoras controlem a velocidade da internet dos seus clientes, consoante os valores que estes paguem. Como exemplo, um cliente que possua um plano de internet mais barato poderá agora ficar com a velocidade consideravelmente mais reduzida no acesso a certos conteúdos.
Em defesa, as operadoras alegam que esta medida irá permitir obter mais rendimentos, os quais serão utilizados para melhorias na infraestrutura atual beneficiando todos os consumidores.
Felizmente esta medida ainda não se aplica em Portugal. Apesar de algumas operadoras fornecerem pacotes de internet extra, os quais permitem o acesso a certas aplicações sem limites de tráfego, a nível da velocidade a União Europeia ainda defende a neutralidade da internet, não estando prevista nenhuma mudança nesta lei (por enquanto).